quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Waimea - Ondas perigosas, crowd complicado

Nem sempre tudo é tão bonito quanto parece. Mesmo o paraíso tem lá seus problemas crônicos. Não há lugar como o Havaí, especialmente se você gosta de ondas grandes e poderosas. Mas o crowd e a possibilidade dele crescer a cada dia podem tornar um desafio ainda mais complicado. Silvia Nabuco, com várias temporadas na Ilha, estava em Waimea no dia 4 de janeiro, quando a baia quebrou pela primeira vez nessa temporada. Altas ondas, mas não o bastante para realizar o Quiksilver – In Memory of Eddie Aikau.

Olhando a foto parece que não há ninguém no mar. Silvia contou que não foi bem assim. | Foto: Paulo Barcellos

Silvia dropando mais uma. Pode parecer fácil olhando daqui, mas a realidade da velocidade e poder da onda são bem diferentes da foto | Foto: Paulo Barcellos

Grande parte dos big riders estava em Maui, para dropar Jaws no braço, mesmo assim, ou talvez até por isso, as ondas de Waimea foram invadidas [veja o vídeo no fim do post]. Quando perguntei como havia sido a session a brasileira, que tem se dedicado a surfar a direita mais famosa do mundo das ondas grandes, mandou esse relato, um dia depois de surfar algumas boas em Waimea:

“Posso te dizer que foi muita vibe pegar o primeiro mar grande da temporada. É que o problema não era o tamanho e sim a formação das ondas, estavam bem cavadas. Minha prancha nova deu um problema e acabei surfando com a prancha reserva do Ross Clark (Que responsa, né?). Mas acabei me inspirando e desci a minha maior onda do lado dele, ainda mais deep. Pena que o Paulo ainda não estava fotografando. Mas vai ter foto de outro ângulo.


Silvia tem se dedicado a surfar Waimea, mesmo nos dias mais complicados | Foto: Paulo Barcellos

O que eu tenho a dizer desse mar é que estava com mais medo das pessoas do que das ondas. A maioria não tem responsabilidade e bom senso para dropar juntos na mesma onda, pois muitos ficam mais embaixo, bloqueando e atrapalhando quem vem do outside com velocidade. Ainda por cima essa galera tenta entrar na onda sem o mesmo embalo dos que estão vindo de fora. Aí mora o grande perigo. Ou então, dropam no rabo, direcionando suas pranchas para dentro do pico, espremendo quem vem com velocidade da parte mais deep. Então sofri e vi vários sanduiches humanos com essas guns gigantes, que se atingem a cabeça de alguém podem causar um óbito facilmente. Fora isso, foi um ótimo treino em ondas grandes e cavadas.

ALOHA - Silvia Nabuco”


Silvia controlando a linha na onda. Dropar a onda com alguém é algo comum no pico, desde sempre. | Foto: Paulo Barcellos

Não há muita gente no mundo que enfrenta ondas como as de Waimea, mas essa pequena porcentagem da humanidade é suficiente para deixar o pico complicado. O mesmo fenômeno já está acontecendo em Jaws. Veja o vídeo do mesmo dia dessa session de Waimea lá em Jaws:




A cada temporada o crowd fica mais intenso no mundo todo. Faz parte e a chuva molha tanto os justos quanto os nem tanto. A vida é assim.

Por: Edinho Leite EXPN

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