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Adriano de Souza, Rip
Curl Pro 2011, Supertubos, Portugal. Foto: © ASP / Cestari
Em um dia para ficar marcado na história do circuito
mundial, o brasileiro Adriano de Souza, 24, derrotou o norte-americano Kelly
Slater, 39, na decisão do Rip Curl Pro 2011,
na praia de Supertubos, Peniche, Portugal. Etapa do World Tour e realizado em condições
fantásticas no poderoso beach break português.
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Adriano de Souza, Rip Curl Pro 2011,
Supertubos, Portugal. Foto: © ASP / Cestari
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Em ondas perfeitas acima de 2 metros, ele passou pelo
sul-africano Travis Logie na quarta fase, pelo taitiano Michel Bourez nas
quartas e pelo aussie Bede Durbidge na semi até superar Kelly Slater, que
chegou à decisão invicto.
"Não tenho nem palavras. Foi um campeonato
incrível. Quero muito agradecer as pessoas que me ajudaram aqui, principalmente
ao Pinga (Luiz Henrique Campos, team manager da Oakley) ao Timmy Patterson
(shaper) e a minha namorada, que me dá muita força", comemora Mineirinho
no alto do pódio.
Na bateria decisiva, o brasileiro jogou a pressão para
o norte-americano logo no primeiro minuto, depois de conseguir nota 9.00 em um
belo tubo de frontside. Kelly parecia nervoso e conseguiu apenas 6.83 na sua primeira
tentativa.
Para alegria da torcida brasileira, Adriano fez uma
segunda onda de 6.67 e os 7.90 obtidos por Kelly em um canudo de backside não
foram suficientes para barrar a segunda vitória de Mineirinho nesta temporada.
O placar final terminou em 15.67 a 14.73.
"Foi maravilhoso. Vim uma semana antes e treinei
praticamente todos os dias aqui. Depois que o Gabriel (Medina) venceu na França
eu sabia que poderíamos tentar uma dobradinha brasileira. Encontrei uma paz
muito forte em Portugal", diz Mineiro.
O atleta do Guarujá fez jus ao apelido e comeu pelas
beiradas durante as primeiras fases até apresentar uma atuação espetacular no
dia decisivo. Com direito a infiltração no joelho, nota 10 nas quartas-de-final
e vitória contra o maior ídolo do esporte na finalíssima.
"Não é meu primeiro bom resultado em etapas com
ondas tubulares. Sempre treinei e me dediquei a este tipo de onda, só que eu
nunca conseguia ajustar o ritmo e a confiança na bateria. É difícil provar tudo
o que você sabe em 30 minutos. Mas já fiz resultados bons em Fiji, Tahiti.
Basta dedicação e muito treino", ressalta.
Pela vitória, Adriano de Souza fatura o cheque de US$
75 mil e 10 mil pontos no ranking do World Tour. Já Kelly leva US$ 30 mil para
casa e fica cada vez mais próximo do 11º título mundial, com mais 8 mil pontos
na conta.
Segundo o ex-campeão mundial Damien Hardman, diretor
de prova do Rip Curl Pro, basta o norte-americano avançar à quarta fase na
próxima etapa de São Francisco (EUA) para levantar o caneco deste ano.
Primeiro 10 Com a bomba surfada nas quartas-de-final contra Michel Bourez, Mineiro
garantiu a primeira nota 10 da carreira no World Tour, concedida de maneira
unânime pelos juízes.
Depois de abrir a bateria com 7.50, o brasileiro
confirmou a vitória sobre o taitiano com um canudo estiloso de frontside em uma
das maiores ondas do dia. Também anotaram 10 em Supertubos nesta terça-feira
Kelly Slater, na semifinal contra Taj Burrow, e Julian Wilson nas quartas -
também contra Taj (acabou derrotado por 17.94 a 17.50).
Torção no joelho Na última segunda-feira, ao executar um floater com muita pressão na
vitória sobre o português Justin Mujica pelo segundo round, Adriano de Souza
acabou torcendo o joelho e precisou tomar injeção no local para competir o dia
decisivo.
"Está incomodando um pouco. Torci o joelho
novamente no mesmo lugar quando eu já estava 100%. Fiquei super mal por isso,
mas tive o suporte dos instrutores aqui do campeonato. Quero agradecer muito a
eles, pois me ajudaram a vencer este campeonato", explica Mineiro.
Heitor Maravilha O cearense Heitor Alves também teve um ótimo desempenho no último dia
do Rip Curl Pro Portugal. Com um tubaço de nota 9.73, ele superou o norte-americano
Damien Hobgood na quinta fase e acabou barrado pelo inspirado Kelly Slater nas
quartas.
Heitor mantém a sequência de bons resultados, mesmo
depois de deixar a última etapa na França por causa de uma lesão no joelho. Com
o quinto lugar em Peniche e os 5.200 pontos no ranking mundial, o brasileiro
praticamente se garante na elite depois do corte de final de ano.
"Estou muito feliz. Saí de uma recuperação no
joelho e já fiz um bom resultado. Fiz um bom campeonato, o público estava a
favor e é isso o que importa. Consegui mostrar meu surf. A vibe foi muito
boa", afirma Heitor.
Entre os dias 1 e 12 de novembro, o World Tour
acontece pela primeira vez em São Francisco, Califórnia (EUA). O Rip Curl
Pro Search distribui US$ 425 de premiação total.
Fonte: Waves
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